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Espelhos, menus e prateleiras: quando as compras e a comida viram sintomas.

  • Foto do escritor: Lorrane Cristine
    Lorrane Cristine
  • 15 de ago.
  • 2 min de leitura



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Ou, talvez, compensando um dia ruim com comida, mesmo sem fome?

O que pouca gente percebe é que o distúrbio de compras compulsivas e os padrões alimentares desordenados (como comer em excesso, restrição ou dietas cíclicas) muitas vezes caminham juntos. E o elo que os une pode estar na forma como nos vemos e nos sentimos sobre nós mesmos.


O que a ciência descobriu

Estudos recentes mostram que, especialmente entre mulheres, insatisfação com a imagem corporal e baixa autoestima estão fortemente ligadas tanto ao impulso de comprar quanto a comportamentos alimentares disfuncionais.

Em outras palavras: o mesmo desconforto com o corpo que pode levar alguém a restringir calorias ou ter crises de compulsão alimentar, também pode gerar aquela “necessidade” de consumir roupas, cosméticos ou objetos que prometem transformar como a pessoa se vê.


E não é apenas sobre vaidade. Essa relação se constrói a partir de fatores como: a) Regulação emocional: compras ou comida funcionam como escape temporário para lidar com ansiedade, tristeza ou frustração. b) Padrões sociais e de gênero: a pressão estética é desproporcionalmente maior sobre mulheres, e isso reflete nas estatísticas. c) Autoconceito frágil: quando a identidade pessoal se apoia fortemente na aparência e nos bens que possuímos.


Um ciclo silencioso

A lógica costuma ser parecida: a pessoa sente insatisfação → busca alívio na compra ou na comida → sente culpa → a autoestima cai mais → o ciclo recomeça.

Com o tempo, isso pode gerar endividamento, ganho ou perda de peso nocivos, isolamento social e até transtornos mentais mais graves.


Por que olhar para além do sintoma?

Não adianta apenas “bloquear o cartão de crédito” ou “fechar a boca”. Tanto o comer desordenado quanto o distúrbio de compras compulsivas são sinais de que o mal-estar interno precisa ser tratado na raiz. Terapias baseadas em evidências, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), ajudam a identificar gatilhos, reestruturar pensamentos distorcidos sobre corpo e valor pessoal, e desenvolver formas mais saudáveis de lidar com emoções.

Em alguns casos, tratamento psiquiátrico é indicado, especialmente quando há comorbidades como depressão, transtorno de ansiedade ou TDAH – condições que podem intensificar os impulsos.


Fica o convite para se cuidar

Comprar uma roupa nova ou comer seu prato favorito pode ser prazeroso, e não há problema nisso. O alerta acende quando essas práticas viram únicos recursos para lidar com a vida difícil ou botar mais prazer nela.

Olhar para a autoestima, compreender a relação com o corpo e aprender novas formas de autocuidado não é luxo: é investimento em qualidade de vida.

Conte com o time da VOI para entender melhor sua relação com espelhos, menus e prateleiras.


texto por Dra Lorrane Morais

CRM 25961

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