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Desvendando Mitos e Verdades sobre Reposição Hormonal na Menopausa




A menopausa é um período de transição inevitável na vida de mulheres, marcado por mudanças físicas, emocionais e hormonais significativas. É a fase em que os ciclos menstruais cessam, indicando o fim da capacidade reprodutiva feminina. No entanto, além das transformações óbvias, a menopausa muitas vezes traz consigo uma série de sintomas desconfortáveis, que vão desde ondas de calor e insônia até alterações de humor e diminuição da libido. Nesse contexto, a reposição hormonal é uma das principais abordagens terapêuticas para lidar com os sintomas da menopausa.


No entanto, ao redor desse tema pairam diversos mitos e verdades. Desde a preocupação com potenciais riscos à saúde até a busca por alternativas naturais, as dúvidas e inseguranças em torno da reposição hormonal são compreensíveis, mas também revelam a necessidade urgente de esclarecimento e orientação. Neste texto, vamos explorar alguns dos mitos mais comuns associados à reposição hormonal, bem como as verdades fundamentadas em evidências científicas. Além disso, vamos discutir a importância da individualização do tratamento e destacar os casos em que a reposição hormonal pode ser altamente benéfica, especialmente dentro da chamada "janela de oportunidade" entre os 50 e 59 anos de idade. Dessa forma, a mulher terá menos inseguranças nessa fase tão desafiadora.


Mito: A reposição hormonal causa câncer. Desmistificação baseada em estudos científicos recentes que mostram o risco relativo em diferentes faixas etárias: Embora haja preocupações históricas sobre o potencial aumento do risco de câncer associado à reposição hormonal, evidências mais recentes sugerem que esse risco pode variar de acordo com a idade e o tempo desde a menopausa. Estudos têm demonstrado que o uso de terapia hormonal em mulheres na faixa etária adequada, especialmente nos primeiros anos após a menopausa, não está significativamente associado a um aumento no risco de câncer, enquanto pode trazer benefícios significativos para a saúde óssea, cardiovascular e mental.


Verdade: A reposição hormonal pode aliviar sintomas da menopausa, como ondas de calor, insônia e alterações de humor. A menopausa é frequentemente acompanhada por uma série de sintomas desconfortáveis que podem afetar significativamente a qualidade de vida das mulheres. Ondas de calor, sudorese noturna, dificuldade para dormir, alterações de humor e ressecamento vaginal são apenas alguns dos sintomas comuns que podem ocorrer durante esse período de transição hormonal.


A reposição hormonal, ao restabelecer os níveis hormonais adequados no corpo, pode ajudar a aliviar esses sintomas, proporcionando alívio significativo e melhorando a qualidade de vida das mulheres afetadas pela menopausa. O que causa a maioria desses sintomas é a baixa do principal hormônio feminino: o estrogênio. Mito: Todas as mulheres devem fazer reposição hormonal durante a menopausa. Embora a reposição hormonal possa ser uma opção eficaz para muitas mulheres durante a menopausa, ela não é necessariamente adequada ou recomendada para todas. A decisão de iniciar a reposição hormonal deve ser individualizada e baseada em uma avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos potenciais para cada paciente. Fatores como idade, saúde geral, histórico médico, estilo de vida e preferências pessoais devem ser considerados ao determinar se a reposição hormonal é apropriada. Verdade: Em determinados casos, a reposição hormonal é altamente recomendada.


Exploração da "janela de oportunidade" entre 50-59 anos: Para muitas mulheres, a menopausa é acompanhada por sintomas debilitantes que afetam negativamente sua qualidade de vida. Nesses casos, a reposição hormonal pode ser altamente benéfica, especialmente quando iniciada durante a chamada "janela de oportunidade" entre os 50 e 59 anos de idade. Durante esse período, os benefícios da reposição hormonal, como alívio dos sintomas da menopausa e proteção contra doenças crônicas como osteoporose e doenças cardiovasculares, geralmente superam os riscos potenciais. No entanto, é importante ressaltar que a decisão de iniciar a reposição hormonal deve ser feita em consulta com um médico, levando em consideração o perfil de saúde individual de cada mulher.


Opções terapêuticas A reposição hormonal se dá pela suplementação hormonal de estrgênio e/ou progesterona, a depender de cada caso. Existem opções naturais também a serem consideradas para alívio de sintomas, como a utilização de amora e óleos como prímula, borragem e gergelim. 1. Óleo de Prímula: Extraído das sementes da planta de prímula, o óleo de prímula é uma fonte rica em ácido gama-linolênico (GLA), um tipo de ácido graxo ômega-6. Este composto tem sido estudado por sua capacidade de ajudar a aliviar sintomas da menopausa, como ondas de calor e ressecamento vaginal. Acredita-se que o GLA tenha propriedades anti-inflamatórias e reguladoras hormonais.


1. Óleo de Borragem: As sementes de borragem também são uma fonte de GLA, semelhante ao óleo de prímula. É frequentemente utilizada para aliviar sintomas da menopausa, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio hormonal e à saúde da pele.


2. Gergelim:

O gergelim é uma semente rica em fitoestrógenos, compostos vegetais que têm estruturas químicas semelhantes ao estrogênio humano. Como resultado, o consumo regular de gergelim pode ajudar a equilibrar os níveis hormonais durante a menopausa e aliviar alguns dos sintomas associados, como ondas de calor e alterações de humor.


3. Amora: A folha de amora tem sido tradicionalmente utilizada na medicina herbal para aliviar os sintomas da menopausa. Acredita-se que a amora contenha fitoestrógenos que podem ajudar a modular os níveis hormonais no corpo, proporcionando alívio de sintomas como ondas de calor, sudorese noturna e insônia. Espero que esse texto tenha te ajudado a esclarecer dúvidas pertinentes ao assunto. Se houver uma identificação aos sintomas abordados neste momento, não hesite em marcar uma consulta médica.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARDINI, Dolores. Terapia de reposição hormonal na menopausa. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 58, p. 172-181, 2014.

GIACOMINI, Danieli Ribeiro; MELLA, Eliane Aparecida Campesatto. Reposição Hormonal: vantagens e desvantagens. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v. 27, n. 1, p. 71-92, 2006.

ZAHAR, Sílvia EV et al. Qualidade de vida em usuárias e não usuárias de terapia de reposição hormonal.

Revista da Associação Médica Brasileira, v. 51, p. 133-138, 2005. DA SILVA, Matheus Moura et al. Evidências contemporâneas sobre o uso da terapia de reposição hormonal. Brazilian journal of health review, v. 2, n. 2, p. 925-969, 2019.


Dra. Luisa Di Mambro Rezende

CRM 30104 - DF



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